terça-feira, julho 08, 2008

À Deriva

Náufraga de meus próprios sonhos, por onde olho, um oceano de loucuras, de sabores, texturas...
No horizonte desejos irrealizáveis inalcançáveis...
Mas pouco importa, estou alheia às tuas vontades,
Oh, mar de ilusões...
Para onde me carregas?

A água morna e aconchegante envolve meu corpo como a mil mãos buscando satisfação...
O borbulhar da correnteza é suave e inconfundível, hipnotizante.
Busco nestas águas, que me busquem, me usem e a correnteza me conduz...
O som das águas borbulhantes penetra em meus ouvidos, em meus poros, traduz minhas sensações,
Toca-me sem tocar, aclama carícias com o olhar, se materializa.
Não mais apenas sinto ou ouço, crio.

Crio minha própria correnteza, meu mar, minhas ondas, minha música que sou eu
Sem uma palavra a pronunciar, busco teu olhar, te desafio, me questiona, busca a mim como eu a ti
Lê meu desejo em meus olhos, ouve meu suplico em movimento, sente meu tesão verter de minha pele...
Nos carrego para o fundo do mar e me entrego, me conduz em meu próprio mundo, que és teu e és tu.

AH!

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